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Do PageRank ao BrainRank, passando pelo AuthorRank

Do PageRank ao BrainRank, passando pelo AuthorRank

 

O Google muda constantemente. Seus algoritmos, suas tecnologias, seus motores de busca estão evoluindo com frequência, sempre tentando evitar que os internautas usem de práticas irregulares para aumentar o tráfego de suas páginas. Num passado não tão distante, o PageRank foi uma das principais métricas para medir a autoridade de um site. Mas, como no mundo virtual um ano representa uma década, muitas coisas aconteceram de lá para cá.

Neste artigo, nós vamos te ajudar a entender como funcionava o PageRank e o AuthorRank, sua queda e a ascensão do BrainRank, uma tecnologia recente do Google que promete impactar de forma positiva os resultados de busca.

O que é PageRank?

 

O que é PageRank?

 

Há alguns anos, muito se falava sobre o PageRank e quem não estava familiarizado com o grande mundo do SEO naquela época pode não conhecer o termo e não entender a importância que esse fator de rankeamento tinha. Para aqueles que não sabem, o PageRank foi desenvolvido inicialmente por Larry Page (daí o nome) e com a colaboração posterior de Sergey Brin, fundadores do Google, em 1995.

Trata-se de uma das muitas variáveis usadas pelo Google para definir quem aparecia primeiro nos resultados orgânicos, dando notas de 0 a 10 às páginas de um site. Isso significa que quanto mais alto era o PR de determinada página, mais bem posicionado ele aparecia nos resultados não pagos.

Como funcionava o PageRank

 
Já sabemos que o PageRank fazia uma classificação dos sites, avaliando sua relevância através de um cálculo matemático que levava em conta quantos links cada página e/ou site receberam, sejam internos ou externos. A relevância e confiabilidade vinda através da referência de outros sites com um bom PageRank era chamada de Link Juice (que você pode compreender melhor lendo o artigo O que é Link Juice). Essa métrica era divulgada através de algumas ferramentas e a mais comum era o Toolbar do Google. Entretanto, já se sabe que a escala interna do Google possuía diversas decimais, baseando-se num logaritmo.

Três parâmetros eram fundamentais para determinar o PageRank: quantidade, qualidade e o contexto de cada link que direciona à página. A soma destes três parâmetros construía um bom PageRank e, para isso, era imprescindível conciliá-los. Ou seja, chegamos na máxima de que quantidade não determina qualidade, pois não adiantaria ter muitos links se eles não fossem qualitativos e estivessem inseridos no contexto.

Aplicando o método na vida real

 
Para explicar melhor, vou fazer uma breve analogia: vamos supor que você gosta muito de desenhar e quer tirar a prova real dos seus dotes artísticos. É claro que sua família e amigos elogiam os seus desenhos, mas é bem provável que eles não entendam profundamente sobre o assunto (e há também a possibilidade de estarem mentindo para te agradar), então não dá para definir se você realmente tem talento ou não. Se o contrário acontece e alguns desenhistas e pintores renomados te reconhecem e gostam do seu trabalho, aí sim seu nome ganha bem mais força no universo artístico.

Essa é uma boa ilustração de como funcionava o PageRank e os links que cada site recebia. Quando a sua página tem diversos links direcionados para si em outras que possuíam um PageRank alto, maiores eram as chances de que o seu também aumentasse. Agora, quando diversos portais com relevância baixa apontavam para o seu, o impacto positivo seria bem menor.

Aplicando o método na vida real
O PageRank da sua página aumentava se ela fosse referenciada por outras páginas com PR alto.

 

Podemos usar esse mesmo exemplo para explicar como funciona o contexto. Se o Ronaldo Fenômeno afirma que você desenha bem, a contribuição para a sua inserção no mundo da arte seria mínima. Apesar de ter sido um esportista muito competente e famoso, ele não é desenhista ou pintor, então a opinião dele será baseada no gosto pessoal, não num conhecimento sobre o assunto.

Assim, se você tem um site sobre desenho, pintura e arte e é linkado por uma página de esportes, mesmo que ela tenha um PageRank elevado, a contribuição não seria muito significativa, já que os conteúdos são distintos.

Toda essa historinha foi contada apenas para evidenciar o que já havíamos visto anteriormente: não adiantava distribuir links em vários sites, se eles não fossem qualitativos e seguissem um contexto, pois pouco efeito surtiria.

A manipulação do PageRank

 
Esses parâmetros originaram um sistema de compra e vendas de backlinks. Os links mais caros eram justamente aqueles nas páginas com o PageRank mais alto. Isso se proliferou e muitos vendedores de links surgiram na web usando essa informação para manipular o algoritmo, favorecendo os sites clientes nos resultados de busca.

A prática de criação de falsa relação entre páginas, compra de links e a participação de redes como forma de trocar links configura-se numa manobra chamada Black Hat, que pode levar a punições e até ao banimento do Google. Especula-se que esse foi um dos grandes motivos que levaram o Google a interromper a continuidade da métrica PageRank.

O PageRank chega ao fim

 
Em meados de outubro de 2013, surgiram os primeiros rumores de que o PageRank poderia chegar às últimas. Isso começou no Twitter, onde Matt Cutts, um dos engenheiros de software do Google na época, respondeu a um dos internautas que provavelmente a plataforma não seria mais atualizada.

Antes de terminar o referido mês, Cutts adiantou que alguns problemas estavam ocorrendo no canal responsável por recolher os dados do PageRank e que direcionava as informações para a barra de ferramentas do Google. Para completar, o engenheiro declarou que não estava nos planos da empresa resolver estas questões.

Depois de um pouco mais de um ano, o fim do PageRank foi finalmente confirmado, de forma não oficial (como o Google gosta de fazer). Em 6 de outubro de 2014, o substituto de Matt Cutts, John Muller, afirmou que a atualização do PageRank não estava nas pretensões da empresa, reforçando o que já era esperado.

O impacto do fim

 
Todos os usuários de qualquer barra de ferramentas com PageRank, como o SEO Quake, se surpreenderam com a ausência dele em seus sites. Muitos creram tratar-se de uma punição geral do Google, mas, na verdade, o que a empresa fez foi alterar a URL de onde se conseguia o PageRank do site, o que fazia com que os internautas requisitassem uma página que não existia mais.

No início, os profissionais de SEO e outras pessoas que usavam esse fator de rankeamento se viram desesperados à procura de outra fonte de dados relevantes e que fosse confiável. Mas, antes mesmo do PageRank acabar, o AuthorRank foi ganhando espaço. Vamos ver mais sobre ele a seguir.

Como revelar a reputação do autor através do texto que ele escreve

 

Como revelar a reputação do autor através do texto que ele escreve - AuthorRank

 

Com o objetivo de melhorar o método de avaliação das páginas no que tange a sua relevância e autoridade, o algoritmo de rankeamento do Google implementou o AuthorRank, um critério muito interessante que tinha como função analisar a autoridade dos agentes produtores de conteúdo em sites na web.

O AuthorRank costumava privilegiar autores cujos posts, artigos, textos e notícias eram mais prestigiados com muitas interações. Ou seja, esses eram os preferidos dos algoritmos de busca, já que possuíam leitores fiéis e, logo, seu conteúdo era considerado confiável.

Para quem tinha uma página na época, possuir autores relevantes mantendo o seu blog ou fazendo as descrições do seu e-commerce podia gerar uma grande credibilidade e impactar positivamente os internautas. Isso também fazia com que a reputação do site fosse muito superior em relação à concorrência.

A relação do AuthorRank com o PageRank e como o critério funcionava

 

Fatores determinantes para um bom AuthorRank
Principais fatores que determinavam a relevância de um autor na Web.

 

O AuthorRank funcionou lado a lado com o PageRank, trabalhando em conjunto, para relacionar os parâmetros sociais dos autores com as qualidades do seu site e dos sites em que eles agiam como redatores e colaboradores. O resultado disso era uma página de resultados de busca que privilegiava os conteúdos originais, de autores relevantes e veiculados em sites de grande circulação.

Mas, ao contrário do que se pensa, a autoridade de um autor não funcionava igual às autoridades de página e de domínio, que costumam ser fechadas dentro de um site. O AuthorRank se referia diretamente a um perfil do autor no Google+, que tinha a liberdade de escrever para várias páginas e ser, de certa forma, independente em relação ao site para o qual escrevia.

Outro ponto interessante é que, com a ascensão do navegador Google Chrome, a quantidade de dados para adotar uma postura como a do AuthorRank era mais que suficiente. Além disso, toda vez que alguém pesquisasse certo tema a página de resultados apresentava o perfil no G+ do autor de determinado texto, artigo etc.

Com AuthorRank e sem AuthorRank
Com o AuthorRank em vigor, a página de resultados mostrava o perfil de autores no Google+.

 

Mas, aos poucos, assim como o PageRank, o AuthorRank foi perdendo força e foi chegando ao fim. Entretanto, em outubro de 2015, o Google anunciou o revolucionário BrainRank e é sobre ele que vamos falar agora!

Poderia o robô do Google se humanizar através do BrainRank?

 

Poderia o robô do Google se humanizar através do BrainRank?

Como já dissemos, no segundo semestre do ano passado fomos surpreendidos com uma nova tecnologia chamada BrainRank, que recebeu esse nome porque seus resultados se baseiam numa espécie de inteligência artificial aliada ao machine learning (máquinas aprendendo sozinhas), que é a capacidade de um computador ensinar a si mesmo coisas novas, sem precisar da reprogramação humana. Ele tenta ao máximo humanizar os robôs do Google, de modo que eles entendam com mais facilidade o funcionamento do psique humano.

Vamos explicar melhor: um dos objetivos dessa nova tecnologia é auxiliar o buscador na tarefa de trazer um resultado mais satisfatório, de acordo com os interesses de quem está buscando. O próprio motor de pesquisa se torna capaz de fazer os elos de busca entre palavras através de uma espécie de intuição e de aprender a rotina de pesquisa daquele indivíduo. Por exemplo, se alguém procura por “puma” no Google, a depender do seu histórico, os robôs podem definir se a pessoa se interessa pelo animal ou pela marca, evitando cada vez mais repetições e ambiguidades.

Assim que foi divulgado, a preocupação era de que o BrainRank pudesse afetar a forma como o buscador faz o rankeamento. Mas a verdade é que a tecnologia pode ser considerada uma espécie de atualização do Hummingbird, um algoritmo do Google, lançado em dezembro de 2013, que tem trabalhado muito com os resultados baseados na semântica.

Como o BrainRank ajuda a melhorar os mecanismos e os resultados de busca

 

Como o BrainRank ajuda a melhorar os mecanismos e os resultados de busca
Dependendo do histórico de pesquisa do usuário, ao buscar a palavra “puma”, o Google entende se ele procura pelo animal ou pela marca.

 

Estima-se que o Google receba cerca de 3 bilhões de buscas diariamente. Dentro desse índice, de 15% a 20% são pesquisas inéditas, o que é um número impressionante de novas informações. Essas novas consultas também incluem buscas com muitas palavras, consideradas complexas, e que são chamadas de long-tail. O BrainRank foi lançado para auxiliar na interpretação desse tipo de pesquisa, providenciando os melhores resultados para o internauta.

Ele garante um resultado mais satisfatório pois identifica os padrões entre as consultas complexas que, aparentemente, não têm nexo e verifica o que elas têm em comum. Toda essa análise representa um aprendizado para os robôs do Google e eles são capazes de compreender com mais clareza as futuras pesquisas mais elaboradas e determinar se elas estão ligadas a um tema específico. Como já citamos, o BrainRank tem a vantajosa capacidade de associar os grupos de pesquisa com o que ele julga mais adequado para determinado usuário, levando em conta o seu histórico de navegação.

O impacto do BrainRank no SEO

 
O Google inseriu o BrainRank como o terceiro fator mais importante de buscas – após links de referência e conteúdo de qualidade – e, sabendo que os fatores de rankeamento são normalmente alinhados aos conteúdos (incluindo palavras-chave, autoridade do domínio e demais técnicas de SEO), é comum se perguntar qual é o impacto dele no SEO.

Bom, o BrainRank pode, sim, afetar o seu SEO, porque o Google já afirmou que ele possui um componente que contribui diretamente no rankeamento das páginas. Ainda não dá para afirmar que o BR faz alguma classificação ou confere algum tipo de nota que pode interferir em alguma coisa, mas o fato é que ele ajuda, de certa forma, a definir qual a melhor página de acordo com o seu conteúdo. Aliás, ele pode ser uma das tecnologias mais eficazes para indicar o melhor tipo de conteúdo de cada site.

Então, isso significa que se você abastece seu site ou blog com conteúdo original e relevante, os impactos do BrainRank serão extremamente positivos. Vale lembrar que o Google está em constante evolução para driblar as práticas “ilegais” e isso não deve ser encarado de forma negativa. Continue acessando o blog da Fizzing e descubra como produzir conteúdos otimizados em SEO, além de outras dicas interessantes sobre Marketing Digital!

 

Imagens por: Nayara Dornelas.

6 Comentários sobre “Do PageRank ao BrainRank, passando pelo AuthorRank

  1. Muito explicativo, ótimo post Bia.
    Até hoje muita gente me pergunta do pagerank também.

    Brainrank só tende a melhorar a experiência dos usuários. Se temos algo para aprender a colocar em prática nas estratégias SEO é focar no leitor e suas intenções.

  2. Parabéns pelo excelente texto.
    Sucesso ao Alexandre e ao Fizzy.
    O texto me foi muito útil, pois fiquei chocado quando vi grandes portais e sites sem pagerank…

  3. Texto fácil fácil de entender! E tão gostoso de ler que cheguei no fim do post feliz, poxa mais conteúdo para minha vida!…

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